Tendências Pedagógicas
No artigo de hoje, vamos falar sobre tendências pedagógicas. Anteriormente, falamos sobre os elementos que influenciam a história da educação. A importância de compreender os elementos, servirá de base para que você compreenda as tendências de forma eficaz.
Este artigo tem o objetivo de mostrar aos nossos educandos (as) como os cinco elementos, descritos no artigo anterior, estão presentes em seu estudo. Isso inclui também as perspectivas das concepções pedagógicas.
Basicamente iremos te mostrar, a partir deste movimento, quais os pontos importantes dos elementos mencionados você precisa dominar para poder resolver questões. Afinal, grande parte das questões irá cobrar os elementos já mencionados.
Os professores José Carlos Libâneo, Demerval Saviani e Cipriano Luckesi, são os autores que irão fazer uma análise consistente sobre a história da educação brasileira. Em suas obras, há uma leitura sobre as concepções de ensino aprendizagem e como se dá o pensamento pedagógico brasileiro.
Tendências liberais
Ao abordar as tendências pedagógicas liberais, Libâneo as divide em quatro correntes. São elas:
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Tradicional
É a primeira e a maior concepção de aprendizagem em termo de história. Surge no Brasil com os jesuítas ainda no processo de colonização em 1549 e fica em evidência até meados do início do século XX.
Durante este processo, não houve no Brasil grandes mudanças na forma como a educação vinha sendo feita.
Nessa concepção, o papel da escola se baseava na preparação moral e intelectual do educando. Este conceito é cobrado em provas como formação clássico humanística.
Os conteúdos eram vistos como verdades absolutas, ou seja, valores acumulados ao longo da história que são repassados de forma unilateral. O educando não interferia no processo e o professor apenas depositava seu conteúdo na cabeça do educando, daí surgiu o nome, dentro da obra de Paulo Freire, educação bancária.
O método utilizado era apenas expositivo e demonstrativo da matéria.
As características da tendência tradicional caem bastante em prova, primeiramente, por que essa corrente ainda não foi totalmente superada. Prova disso, é que em algumas salas de aula, ainda há a presença de tablados, símbolo da superioridade do professor em relação ao educando.
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Progressivista
Nesta concepção, o papel da escola está em adequar necessidades individuais ao meio social, ou seja, a escola está preocupada com os aspectos sociais ou papeis sociais propostos. A ideia aqui, é formar o individuo para exercer um papel social.
Dessa forma o conteúdo também sofrerá alterações, tendo em vista que as experiências vividas pelos educandos passam a ter importância para o processo, o que faz com que o aluno deixe de ser passivo.
Nesse sentido, é inviável manter o método da concepção tradicional. Então o método adotado nesta concepção é o ativo, ou seja, ele afirma que o educando só aprende fazendo. Ele consiste em 3 bases: experiências, situações problema e desafios.
A relação Professor aluno também sofre alterações a medida em que o professor passa a auxiliar o desempenho do educando.
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Não-diretiva
Esta concepção, possui a premissa de que o professor não direciona o processo, ou seja, a partir deste movimento o educando é o centro do processo. Sendo assim, o papel da escola irá pautar na formação de atitudes do educando. A ênfase será então nos aspectos psicológicos.
Os conteúdos estarão voltados para a busca pessoal pelo conhecimento e os métodos estarão focados na facilitação da aprendizagem.
A relação professor aluno também sofre mudanças, já que o foco desta corrente é o aluno.
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Tecnicista
Nesta corrente, o papel da escola é modelar o comportamento humano, ou seja, moldar o individuo conforme o modelo de sociedade vigente e formar mão de obra.
Surgiu durante o período da ditadura militar, então não há indivíduos pensantes ou que queiram transformar a sociedade, mas sim, focados na manutenção da ordem social.
Os conteúdos seguirão uma sequencia lógica e psicológica das informações, baseando-se na ideia de métodos que funcionam como procedimentos e técnicas, como por exemplo, a ideia do estímulo resposta.
A relação professor aluno segue a linha de que o professor é modelador da aprendizagem e, do comportamento humano.
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