Tendências Progressistas
No artigo anterior, a temática abordada foram as tendências liberais. Resolvemos falar dessas tendências de maneira distinta, pois cada uma delas possui características próprias e muito importantes. Neste último artigo, falaremos sobre as tendências progressistas e suas características.
Concepções progressistas
As tendências progressistas buscam a transformação social que contraria a ideia de manutenção de status quo, que abordamos na concepção anterior.
- Libertadora: esta concepção surge com o famoso educador Paulo Freire, na década de 50 e início da década de 60, que aliou a teologia da libertação da igreja católica ao marxismo.
O papel da escola aqui é, discutir a relação entre os indivíduos e a natureza, ou seja, torna possível a discussão do meio social e do meio ambiente.
A ideia de conteúdo baseia-se em temas geradores, que por sua vez, emerge como uma figura que irá gerar uma transformação na realidade do indivíduo.
A metodologia adotada, baseia-se no diálogo e em grupos de discussão, na qual o educando se forma e se constitui de maneira coletiva. Nesse sentido, a relação professor e aluno é horizontal, ou seja, ambos têm a mesma perspectiva.
- Libertária: tem por pressuposto básico, libertar o indivíduo de toda e qualquer forma de opressão. Nesse sentido, o papel da escola está voltado à auto-gestão individual e coletiva, ou seja, o individuo deve ser capaz de se autogerir tanto em sua singularidade quanto em grupo.
Sendo assim, os conteúdos são colocados, mas não são exigidos, isto é, basicamente, há a ideia de que o educando precisa ter posse do conhecimento, mas não necessariamente para ser cobrado em avaliações, por exemplo.
O método adotado por esta concepção é a vivência grupal, ou seja, o educando aprende dentro da coletividade e a relação professor aluno é não diretiva, no sentido de garantir ao individuo que o educador não se assemelhará com um opressor. Sendo assim, o educador atua como um catalizador dos processos normativos.
Atenção: muitas bancas tentam confundir os concurseiros aliando Paulo Freire à concepção libertária. Fique atento, pois são concepções distintas e a concepção libertária é representada por Arroyo.
- Crítico-social dos conteúdos: nesta concepção, o papel da escola é difundir os conteúdos vivos e indissociáveis da prática social dos educandos. Isto é, a ideia de que o conteúdo é vivo, pois sempre está presente na prática social da vida do educando.
Os conteúdos são conhecimentos de base cientifica universais e que possuem relevância social, ou seja, o papel da escola é construir o conhecimento científico.
Os métodos se baseiam na experiência individual confrontada com o saber sistematizado, ou seja, a prática social do indivíduo será confrontada com o conteúdo aprendido em sala.
Nesse sentido, a relação professor e aluno tem como base a ideia de que o aluno é partícipe e o professor é mediador do processo.
É importante lembrar que, dentro da concepção progressista existem as correntes próprias, como mencionamos.
Muitos se questionam sobre qual a corrente que vivenciamos hoje (2019) e podemos dizer que pode ser a concepção histórico-crítica. Entretanto, a educação é uma junção de várias características das concepções apresentadas.
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