Escrito por: professor Cleber Monteiro
A Inteligência Artificial (IA) está sendo cada vez mais empregada na educação, facilitando a personalização do ensino, a gestão do tempo dos professores e fornecendo insights sobre os processos de aprendizagem. Ela se manifesta em diversas formas, como plataformas adaptativas que individualizam o percurso do aluno, chatbots interativos para assistência e suporte, gamificação para educação infantil, análise de dados por meio do Learning Analytics, realidade aumentada para uma experiência imersiva em sala de aula, e o emergente conceito de metaverso, que promete revolucionar o ensino ao criar ambientes virtuais compartilhados. Além disso, a IA automatiza a correção de avaliações, identifica e atende às necessidades dos alunos de forma personalizada, fornece feedback aos educadores, possibilita o ensino em qualquer momento e lugar, aumenta o engajamento dos alunos e agiliza o processo de aprendizagem e avaliação. Essas aplicações têm o potencial de transformar significativamente a educação, tornando-a mais eficiente, adaptável e envolvente.
Mas o uso crescente de ferramentas de IA na educação traz consigo diversos desafios e preocupações. Entre eles está o risco de plágio, visto que as ferramentas geradoras de conteúdo nem sempre mencionam suas fontes. Além disso, há o perigo da desinformação, disseminação de estereótipos discriminatórios, dependência excessiva dos estudantes, aprendizagem mecânica e violação de privacidade. A Unesco alerta que o uso intensivo de tecnologias digitais, incluindo a IA, pode agravar a desigualdade educacional. Para diminuir esses problemas, é essencial promover uma educação personalizada, criativa, humanizada, crítica, ética, ágil e focada no desenvolvimento de competências digitais.
Diante das transformações trazidas pela tecnologia, é evidente que a educação enfrenta desafios significativos que vão além do simples uso de ferramentas virtuais. Como destacado por Fabrício Spricigo do INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA, “a escola precisa adaptar-se às exigências do mundo do trabalho em constante evolução, priorizando não apenas o acesso à informação, mas também o desenvolvimento de habilidades sócio-emocionais e a capacidade de transformar informação em conhecimento.” Nesse contexto, o papel do professor assume uma nova dimensão, como mediador entre os alunos e o saber, enfatizando a importância da pesquisa e da extensão como pilares fundamentais para uma educação relevante e eficaz no futuro.
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