Antonio Francesco Gramsci nasceu em Ales, no dia 22 de janeiro de 1891 e faleceu em Roma, no dia 27 de abril de 1937. Foi um importante filósofo marxista, jornalista, crítico literário, linguista, historiador e político italiano.
Há algumas teorias e termos frequentes ligados ao autor: hegemonia, cultura, ampliação da concepção marxista de Estado (estrutura e superestrutura), formação de Intelectuais (tradicionais e Orgânicos).
Antônio Gramsci focou no estudo dos aspectos culturais da sociedade (a chamada superestrutura no marxismo clássico) como elemento a partir do qual se poderia realizar uma ação política e como uma das formas de criar e reproduzir a hegemonia.
Se distinguia de seus pares por desacreditar de uma tomada do poder que não fosse precedida por mudanças de mentalidade. Para ele, os agentes principais dessas mudanças seriam os intelectuais, e um dos seus instrumentos mais importantes, a escola.
Gramsci deteve-se particularmente no papel da cultura e dos intelectuais nos processos de transformação histórica. Suas ideias sobre Educação surgem desse contexto.
Para entendê-las, é preciso conhecer o conceito de hegemonia, um dos pilares do pensamento gramsciano.
Antônio Gramsci e o conceito de hegemonia
Hegemonia significa, para Gramsci, a relação de domínio de uma classe social sobre o conjunto da sociedade. O domínio se caracteriza por dois elementos: força e consenso:
- A força é exercida pelas instituições políticas e jurídicas e pelo controle do aparato policial-militar;
- O consenso diz respeito sobretudo à cultura: trata-se de uma liderança ideológica conquistada entre a maioria da sociedade e formada por um conjunto de valores morais e regras de comportamento.
Segundo Antônio Gramsci, toda relação de hegemonia é necessariamente uma relação pedagógica, isto é, de aprendizado. Ele também fazia distinção entre os intelectuais tratando uns como “orgânicos” e outros como “tradicionais”.
- Os intelectuais tradicionais ficavam empalhados dentro de um mundo antiquado, permaneciam fechados em abstratos exercícios cerebrais, eruditos e enciclopédicos até, mas alheios às questões centrais da própria história;
- Intelectuais Orgânicos, ao contrário, são os intelectuais que fazem parte de um organismo vivo e em expansão. Por isso, estão ao mesmo tempo conectados ao mundo do trabalho, às organizações políticas e culturais mais avançadas que o seu grupo social desenvolve para dirigir a sociedade. Ao fazer parte ativa dessa trama, os intelectuais “orgânicos” se interligam a um projeto global de sociedade e a um tipo de Estado capaz de operar a “conformação das massas no nível de produção” material e cultural da sociedade.
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