NOTÍCIAS PARA CONCURSOS

Tendência Pedagógica Crítico Social dos Conteúdos

Chegamos ao último artigo da série sobre tendências pedagógicas. Agora, vamos destrinchar a tendência crítico social dos conteúdos.

Nós já falamos sobre o que são tendências pedagógicas, fizemos uma linha do tempo para que você entenda como e quando as tendências foram criadas, sobre as tendências liberais e sobre as tendências progressistas.

É importante ter em mente que Luckesi vai entender essa tendência como educação para reprodução. Os três autores (Luckesi, Saviani e Libâneo) são oriundos da filosofia da educação e fazem um levantamento histórico, pois entendem que é preciso um estudo para embasar na história.

A tendência crítico social dos conteúdos, crítico reprodutivista ou educação para reprodução possui algumas teorias e vamos falar sobre cada uma delas.

Teoria dos aparelhos ideológicos

O autor que representa a teoria dos aparelhos ideológicos é L. Althuseir, que nasceu em uma colônia francesa. Ele traduz em sua obra a ideia de um estado segundo Marx.

Para o autor, o Estado atua em prol da manutenção da divisão de classes na sociedade, ou seja, que atua a favor dos interesses da classe dominante e subjugando a classe dominada.

Ele então identificou aparelhos que permitem ao Estado manter a divisão, começando pelos aparelhos ideológicos do estado (AIE), que se baseia na construção de pensamentos e ideias favoráveis ao Estado, como forma de dominação e manipulação da massa.

Esses aparelhos vão atuar em prol do movimento ideológico do estado e são representados por:

  • Escola;
  • Igreja;
  • Justiça;
  • Mídia

Para o autor, o aparelho “prima dona”, ou mais eficaz, é a escola, pois historicamente a igreja seria o pior aparelho ideológico do estado por ter atuado por bastante tempo – desde os jesuítas, como já mencionamos.

Por outro lado, a escola sempre estará presente na sociedade por ser um dos pilares por seu papel fundamental, se reinventando e agregando valores conforme a sociedade necessita.

Além disso, em países como o nosso em que é obrigatório frequentar a escola entre os 4 e 17 anos, o Estado terá alguma influência em boa parte dos indivíduos durante sua formação.

Althuseir afirma ainda que além dos aparelhos que favorecem a influência do estado na sociedade, há ainda os aparelhos repressores do Estado (ARE), que entram em ação contra aqueles que se recusam a ser influenciados.

Essa é uma ação das ideologias contra hegemônicas ou contra-culturas, que são formas de pensamento contrárias ao que está dominante na sociedade vigente.

Quando essas ações acontecem, o Estado aciona os aparelhos para reprimi-las ou puni-las, que são representadas por:

  • Forças Armadas;
  • Polícia;
Teoria da violência simbólica e capitais culturais

Essas são importantes teorias dentro da tendência crítico social dos conteúdos. Seus principais autores são P. Bourdieu e J. Passeron.

Para eles, capitais culturais seriam o conjunto dos elementos que compreendem um determinado grupo ou parcela da sociedade. Isto é, a ideia de que a cultura permeia todo e qualquer individuo humano e cada uma se diferencia conforme os indivíduos que a ela pertencem.

Porém, a escola não reconhece que dentro da sociedade indivíduos diversos são dotados de cultura. Apesar de ter ciência de que há culturas diferenciadas, a escola tenta propagar um padrão.

Assim, ela escolhe o padrão cultural a ser seguido, que não é oriundo das culturas que emergem das classes subalternas ou da maioria da população.

O que é tido como padrão para a elaboração de currículo, das propostas pedagógicas e afins, não é oriunda das classes que fazem parte da maioria da população, mas sim de uma parcela especifica da sociedade.

E é nesse momento que acontece a violência simbólica, que é a “imposição” de uma cultura ignorando a do indivíduo.  Ou seja, os autores acreditam que a escola violenta os indivíduos de maneira simbólica.

Essa violência se manifesta de duas formas:

  • Quando a escola escolhe capitais culturais para trabalhar impondo uma nova cultura ao indivíduo;
  • Omitindo a indivíduos igualdade aos capitais culturais utilizados na instituição.
Teoria da escola dualista

Há dois autores importantes para essa teoria: Baudelot e Establet, ambos foram alunos de Althuseir. Os autores afirmam que a escola é dualista e existem dois modelos de escola.

Há uma escola pensada para os filhos dos ricos e uma escola pensada para os filhos dos pobres:

  • Escola SS: secundário e superior – para os ricos;
  • Escola PP: primário e profissionalizante – para os pobres que precisavam ter uma profissão para se manter.

Se tiver alguma dúvida, deixe nos comentários. E não se esqueça de nos acompanhar pelas redes sociais Carlinhos e William. Acompanhe nosso canal no Youtube, sempre tem novidade e live toda terça-feira.

Se quiser dominar o conteúdo de LDB, temos material focado no desenvolvimento do concursando de carreiras educacionais dos Pedagógicos, clique aqui e confira também nossa série LDB passo a passo.

Recentes

  • All Post
  • À frente da Banca
  • Abordagens Didático-pedagógicas
  • Alfabetização e letramento
  • Artigos
  • Atualidades
  • Autores da Educação e Tendências Pedagógicas
  • Avaliação Educacional
  • Bases Psicológicas
  • BNCC
  • Concursos
  • Conhecimentos
  • Conteúdo Educação
  • Currículo em movimento
  • Dicas d'Os Pedagógicos
  • Educação Física
  • Estudo SEDF
  • Gramática
  • Interpretação de texto
  • LBI (Lei Brasileira de Inclusão)
  • LDB
  • LDB (Lei de Diretrizes e Bases) Atualizada - passo a passo
  • Legislação Educacional
  • Materiais
  • Mentoria
  • Notícia concurso
  • Notícias
  • Notícias de concursos para professor
  • PNE
  • Português
  • Pós Graduação
  • PPP
  • Redação
  • Semana da Mulher
  • Técnicas de estudo
  • Últimas notícias
  • Uncategorized
    •   Back
    • Acre
    • Amapá
    • Amazonas
    • Pará
    • Rondônia
    • Roraima
    • Tocantins
    • Seduc PA
    • concurso seduc to
    •   Back
    • Rio Grande do Norte
    • Paraíba
    • Alagoas
    • Bahia
    • Ceará
    • Maranhão
    • Pernambuco
    • Piauí
    • Sergipe
    • Concurso SEE PB
    • SEC BA
    • SEE PE
    •   Back
    • Semed Manaus
    • Nordeste
    • Sul
    • Sudeste
    • Norte
    • Centro-Oeste
    • Rio Grande do Norte
    • Paraíba
    • Alagoas
    • Bahia
    • Ceará
    • Maranhão
    • Pernambuco
    • Piauí
    • Sergipe
    • Concurso SEE PB
    • SEC BA
    • SEE PE
    • Paraná
    • Santa Catarina
    • Rio Grande do Sul
    • Seduc RS
    • Espírito Santo
    • Minas Gerais
    • São Paulo
    • Rio de Janeiro
    • Sedu ES
    • SEE MG
    • Acre
    • Amapá
    • Amazonas
    • Pará
    • Rondônia
    • Roraima
    • Tocantins
    • Seduc PA
    • concurso seduc to
    • Goiás
    • Mato Grosso
    • Mato Grosso do Sul
    • Distrito Federal
    • Seduc GO
    • SEDUC MT
    • Concurso SEDF
    •   Back
    • Concurso SEDF
    •   Back
    • concurso seduc to
    •   Back
    • Concurso SEE PB
    •   Back
    • cronograma de estudos
    •   Back
    • Goiás
    • Mato Grosso
    • Mato Grosso do Sul
    • Distrito Federal
    • Seduc GO
    • SEDUC MT
    • Concurso SEDF
    •   Back
    • Espírito Santo
    • Minas Gerais
    • São Paulo
    • Rio de Janeiro
    • Sedu ES
    • SEE MG
    •   Back
    • Paraná
    • Santa Catarina
    • Rio Grande do Sul
    • Seduc RS
    •   Back
    • SEC BA
    •   Back
    • Sedu ES
    •   Back
    • Seduc GO
    •   Back
    • SEDUC MT
    •   Back
    • Seduc PA
    •   Back
    • Seduc RS
    •   Back
    • SEE MG
    •   Back
    • SEE PE

Fique por dentro das nossas aulas gratuitas