Vamos continuar falando à respeitos das Bases Psicológicas, mais especificamente, sobre o conhecimento inato. Você acredita na existência do conhecimento inato, aquele que afirma que a pessoa já nasce sabendo?
Muita gente diz que não acredita, desde a época de Aristóteles, mas as pessoas continuam repetindo questões da teoria inatista. Considere o seguinte exemplo:
“Em 2015, tive um aluno que era muito ruim, com poucos cuidados em sua casa e com grandes dificuldades de aprendizagem, seu nome é Gabriel.
Em 2016, tive um outro aluno, irmão de Gabriel, seu nome é Jacobineano. Este com as mesmas peculiaridades do anterior e dificuldades de aprendizagem.
Já em 2019, na lista de chamada, identifiquei outro irmão de Gabriel e Jacobineano. Você provavelmente vai pensar: este também deve ter dificuldade de aprendizado.”
Mas não, ter dois irmãos mais com dificuldade de aprendizagem não quer dizer que o mais novo também terá. Entenda, está não é uma questão hereditária e continuamos cometendo o mesmo erro ao pensar desta forma e repetindo, de forma extremista, o jargão “filho de peixe, peixinho é”. Estas são características da concepção inatista.
Platão e o Conhecimento Inato
Platão nasceu em Atenas, provavelmente em 424 a.C. e morreu em 347 a.C. É considerado um dos principais pensadores gregos, pois influenciou profundamente a filosofia ocidental. Ele defendia a existência de ideias inatas.
Ou seja, o indivíduo nascia 100% completo, sendo assim a escola ou o meio pouco, ou nada, o influenciava. Veja algumas peculiaridades do inatismo, defendida por Platão:
- Hereditariedade do sujeito: ou seja, todo o conhecimento é de ordem biológica. Filhos de pais inteligentes também serão inteligentes;
- Características são determinadas desde o seu nascimento: o indivíduo nasce pronto e terá algumas características reveladas com seu desenvolvimento;
- A mente tem conhecimentos a priori ou inatos, sem os quais seria impossível conhecer: mente completamente construída.
Saiba que o inatismo considera que a educação deve adaptar-se à natureza biológica e psicológica da criança, que já tem prontas, independentemente da experiência, as tendências relativas a seu desenvolvimento, que só precisam ser trazidas à tona.
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